07. O Deus da honra

Introdução | Deste quinto mandamento em diante, Deus muda a ênfase do relacionamento com Ele, para o relacionamento com o próximo. A aliança começa no amor a Deus, porém, esse amor se manifesta nas relações humanas (Rm.13:9). Por que Deus começa tratando do amor, com os pais? 

A honra aos pais | A aliança precisava ser transmitida de geração a geração (Dt 6:1-2). E neste aspecto os pais têm a responsabilidade dada por Deus de ensinar os filhos a conhecê-Lo e servi-Lo (Dt 6:7). Honrar os pais é o alicerce sobre o qual esse amor é construído e isso agrada a Deus (Cl 3:20). Após o relacionamento com Deus, ele é o relacionamento mais importante, porque molda todas as outras relações. O Deus da vida nos deu vida através de nossos pais. Os filhos em geral, guardadas as devidas exceções, são reflexo dos pais. É na relação com os pai que inicialmente aprendemos a ser submissos, a ouvir, a respeitar, a confiar, a obedecer mesmo quando não queremos. É na família que aprendemos, ou deveríamos aprender, sobre valores e princípios, e espera-se, sobre amor, cuidado mútuo e proteção (Ef 6:1; Pv 1:8; 3:1-2; 6:20-23). Como tem sido a sua relação com seus pais? 

Respeito às autoridades | Há nesse mandamento uma ideia ampla de que devemos obedecer e respeitar, àqueles a quem Deus constituiu autoridade sobre nós. Nossos “pais”, seja no âmbito do lar, da escola, do trabalho, do governo, da igreja. Pais biológicos, pais de criação, de formação, e pais espirituais. Entendendo que foi Deus quem os estabeleceu para nos servir e frear o mal. Por isso, devemos fazer o que é correto, e não precisamos temê-los. Devemos cumprir com nossas obrigações e respeitar nossos superiores, enfim, dar honra a quem a honra é devida, respeitando as autoridades constituídas em todas as áreas de nossa vida (Rm 13:1-7). 
 

Por que Deus se preocupa tanto com a família? | Não é por acaso que a família é tão atacada pelo inimigo. Se ele tem prazer em destruir uma pessoa, imagina uma família inteira, por gerações. Governos totalitários querem que a honra maior seja ao Estado e não aos pais. Eles colocam pais contra filhos, querem a autoridade sobre o ensino das crianças e jovens afim de lhes impor seus próprios valores. Por outro lado, há filhos órfãos de pais vivos. Uma paternidade negada ou rejeitada, ou mesmo ausente, onde os filhos não são prioridade. Uma crise na estrutura familiar que afeta as relações, que separam, que geram traumas profundos, mágoa e ódio. Jamais desista da sua família! Cristo está à porta, deixe ele entrar (Ap 3.20).

Conclusão | Ore pedindo a Deus que a rebeldia, a insubordinação, o desrespeito e o desamparo ao seus pais sejam expulsos do seu coração. Que haja paz em seu lar, que apesar de possíveis contextos familiares desfavoráveis, nunca nos esqueçamos que Deus, em sua misericórdia, nos recebe e nos acolhe em sua família (Sl 27:10; Is.49:15).